segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Musicalização de Bebês



Dúvidas sobre o porquê da musicalização de bebês são uma constante. Como já descrevi anteriormente, os sons e o ritmo (ritmo é movimento) estão presentes na vida do ser humano antes mesmo do seu nascimento, através do corpo da mãe e de suas respectivas reações e interações. Mas é a partir do nascimento que torna-se realmente importante estimular e educar as funções cerebrais. De acordo com Walter Howard, autor de "A música e a criança", educar significa despertar. E despertar nunca é um empreendimento precoce, sendo indispensável entregar-se a ela sistematicamente desde os primeiros anos de vida, a fim de que a criança, mais tarde, veja-a como uma tendência natural de seu ser. Howard realizou experiências com bebês onde os exercitavam movimentando-lhes as pernas, cantando ou falando ritmicamente, onde o objetivo era proporcionar alegria à criança. Ele variava os tempos e os timbres (pedindo à mãe, ao pai ou por assobios cantar uma mesma melodia), evitando assim, o perigo de adestrar a criança. Os exercícios com as pernas tiveram naturalmente por resultado, o aumento da destreza manual, e por conseguinte, crianças observadoras, rítmicas, falantes, mostrando todas as faculdades motoras e técnicas bem desenvolvidas.
Jean Piaget, psicólogo e cientista suiço, descobriu que a capacidade cognitiva (aquisição de conhecimento) é uma evolução em estágios, dos comportamentos mais primitivos até o nível adulto do raciocínio lógico. O raciocínio é uma característica da inteligência. Portanto, inteligência é a capacidade de raciocinar, organizar e propor soluções para as questões que vão sendo apresentadas com graus de dificuldade cada vez maiores. O bebê, quando nasce, já dispõe de estruturas mentais (formas de pensar), que apesar de rudimentares só precisam ser estimuladas para se desenvolverem.


Como estimular o seu bebê


Recém-nascido

1º dia: escuta e permanece alerta.
3º dia: reage quando se fala com ele e dirige o olhar.
9º dia: os olhos acompanham o som.
14º dia: o bebê "reconhece"sua mãe.
18º dia: produz sons e volta a cabeça na direção dos sons que escuta.
24º dia: já possui um vocabulário de sons e a boca se torce ao ouvir a mãe.
1º mês: abre e fecha a boca, numa imitação da fala e irá adaptar o comportamento ao som da sua voz. Aquieta-se quando você fala de forma a acalmá-lo e torna-se agitado se você usa tom ríspido ou fala alto demais.
Converse e cante para ele, abrace-o e embale-o. Mostre as coisas perto do rosto para que ele enxergue. Fale em voz cantada e ritmada, entoe canções de ninar e ande com ele no colo, balançando-o devagar nos braços.


3 a 4 meses: começa a entender o próprio corpo, move os olhos e os dedos de acordo com a vontade, reage às conversas com vários acenos, sorrisos, movimentos de boca, barulhos e gritinhos. Realiza movimentos corporais.
Interprete canções infantis. Brinque com movimentos físicos: sacudidelas delicadas, flexões de joelho e de braço. Ofereça brinquedos de diferentes texturas, formas e tamanhos que produzam sons. Converse com ele.


5 a 6 meses: aumenta a concentração. Volta a cabeça na direção dos sons e começa a agitar os braços e as pernas, faz ruídos e outras vocalizações com a finalidade de atrair a atenção. Brinque de jogos como "Achou! " e "Mindinho e seu vizinho".


7 a 8 meses: o bebê começa a falar e vários sons reconhecíveis serão ouvidos. Começa a imitar coisas simples e antecipa repetições.

Apresente jogos rítmicos com palminhas e movimente seus pezinhos e perninhas ao som de músicas cantadas.


À partir de 8 meses: dê brinquedos que produzem sons e deixe brincar com colheres e copos de plástico. Conte histórias, leia para ele, cante, enfim, brinque bastante e demonstre alegria.



Vale um lembrete:
apenas um aspecto do roteiro se aplica a todas as crianças indistintamente. É a sequência das etapas de desenvolvimento. O ritmo e a facilidade de aquisição de uma habilidade são individuais e particulares de cada criança e, portanto, todos os prazos e idades fornecidos devem ser encarados apenas como referências para orientação. Podendo ser um pouco antes ou um pouco depois das idades descritas.

O trabalho de musicalização para bebês em escolas de música, tem a sua importância no aspecto socializador, e por ser mais específico, falarei sobre isso em outra edição. Então: até a próxima!


MAS O QUE ACONTECE NAS AULAS DE MUSICALIZAÇÃO PARA BEBÊS, E POR QUÊ A PARTIR DE 8 MESES?


É a partir de 8 meses aproximadamente, que a criança consegue sentar sem apoio, mantendo a cabeça firme, realizando com facilidade as atividades propostas nas aulas. As aulas geralmente são em grupo (para estimular a sociabilização). A criança aprende por observação, imitação e experimentações. É sempre acompanhada por um adulto responsável (mãe, pai, avó, tia), pelo menos até completar um ano e seis meses a dois anos, que participa da aula, junto com o bebê. O ambiente é sempre alegre, espontâneo e descontraído. A duração média é de 30 minutos. O grupo senta-se em círculo no chão, onde são realizadas as atividades. Trabalha-se nessa fase, principalmente a percepção sensorial e motora, a linguagem gestual, a construção do esquema corporal, a sociabilização, a movimentação natural ( andar, correr, saltar), a formação de repertório, a disciplina pessoal, a coordenação motora e posteriormente e consequentemente, a construção de conceitos de propriedades do som como forte e fraco, rápido e lento, timbres, noção de pulsação, grave e agudo.


Como? Através da manipulação e exploração de objetos que produzam ruído, acompanhar uma música instrumental de boa qualidade, canções que estimulem a linguagem falada através de gestos, canções e danças que estimulem movimentos de marcha, saltos, palmas, brincadeiras de roda e audição de diferentes gêneros musicais(ritmos).



Referências: (texto publicado na Revista Cover Teclado ano2/no.10- coluna musicalizando - Leila Yuri Sugahara)

http://www.nmb.com.br/beethoven/2.htm

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO


Snyders (1992) comenta que a função mais evidente da escola é preparar os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. Mas ela pode parecer aos alunos como um remédio amargo que eles precisam engolir para assegurar, num futuro bastante indeterminado, uma felicidade bastante incerta. A música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e favorável à aprendizagem, afinal “propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a dimensão essencial da pedagogia, e é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente” (SNYDERS, 1992, p. 14).

Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos, oferecendo um efeito calmante após períodos de atividade física e reduzindo a tensão em momentos de avaliação, a música também pode ser usada como um recurso no aprendizado de diversas disciplinas. O educador pode selecionar músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado em sua área, isso vai tornar a aula dinâmica, atrativa, e vai ajudar a recordar as informações. Mas, a música também deve ser estudada como matéria em si, como linguagem artística, forma de expressão e um bem cultural. A escola deve ampliar o conhecimento musical do aluno, oportunizando a convivência com os diferentes gêneros, apresentando novos estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que lhe é apresentado, permitindo que o aluno se torne mais crítico. 

Conforme Mársico (1982, p.148) “[...] uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances, para que toda criança possa ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o ambiente sócio-cultural de que provenha”.

As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser. A esse respeito Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003, p.60) afirmam que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter um impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades lingüísticas nas crianças”.

Além disso, como já foi citado anteriormente, o trabalho com musicalização infantil na escola é um poderoso instrumento que desenvolve, além da sensibilidade à música, fatores como: concentração, memória, coordenação motora, socialização, acuidade auditiva e disciplina. Conforme Barreto (2000, p.45):

Ligar a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil na escola, possam se adaptar (inibição psicomotora, debilidade psicomotora, instabilidade psicomotora, etc.). Por isso é tão importante a escola se tornar um ambiente alegre, favorável ao desenvolvimento.

Gainza (1988) afirma que as atividades musicais na escola podem ter objetivos profiláticos, nos seguintes aspectos:

Físico: oferecendo atividades capazes de promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga;

Psíquico: promovendo processos de expressão, comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro;

Mental: proporcionando situações que possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão.

Para Bréscia (2003, p. 81) “[...] o aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo”.

Fonte: http://www.iacat.com/Revista/recrearte/recrearte03/musicoterapia.htm

Musicalização Infantil


Este texto foi extraído do site da "Revista Materna". Um excelente texto sobre Musicalização Infantil.


O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa antes do nascimento, pois na fase intra-uterina o bebê já convive com alguns sons provocados pelo corpo da mãe, como o coração batendo, a respiração e o sangue fluindo nas veias. Após o nascimento, o bebê faz interações com diversos sons do cotidiano, como TV, automóveis, vozes de pessoas, música, sons de animais, e assim desenvolve seu repertório de comunicação.

Partindo dessa constatação, a especialista e professora de musicalização infantil Selma Regina C. Garcia Petroni vem desenvolvendo um trabalho de formação musical que para muitos ainda é novidade, mas seus resultados já são reconhecidos e comprovados cientificamente.

“A musicalização infantil iniciada a partir dos 8 meses pode estimular os potenciais da criança, melhorando sua coordenação motora, sensibilidade auditiva e criatividade, atuando também no processo de aprendizagem, afetividade e em sua socialização”, explica.

Muitos estudos confirmam esses benefícios adquiridos com a musicalização desde a infância. Vale destacar Andrzes Janicki, médico polonês especializado em musicoterapia, que realizou experiências nesse campo e concluiu que a música influencia nas funções de numerosos órgãos internos, na função psíquica e na memória. 

Tais influências se revelam diretamente no ritmo cardíaco, pressão arterial, secreção do suco gástrico e no metabolismo. O que significa que quem tem contato com a música, por diversas formas, pode sofrer menos com estresse e com o medo, problemas considerados como “doenças da modernidade”.

É interessante observar a grande influência que a música exerce sobre as crianças. Antes mesmo de começarem a falar, os bebês experimentam os sons que podem ser produzidos por sua boca. Logo que se percebe sentado ou em pé, o ritmo de uma música o leva a acompanhar com o corpo os movimentos cadenciados. E é a partir dessa relação entre o gesto e o som que a criança, ouvindo, cantando, imitando, dançando, constrói seu conhecimento sobre música. Assim, do ritmo de seus passos, das batidas do coração, da respiração, dos sons ao seu redor a criança desperta para a vida e sua paisagem sonora.

Segundo a professora, musicalizar a criança é hoje um jogo de trocas entre aluno e professor. “Foi-se o tempo em que a aula de música era um tormento e os símbolos musicais eram desenhos sem lógica para a maioria das crianças”, diz. “Atualmente, eles são integrados aos jogos interativos e às brincadeiras, tornando-se representações vivas do som, do ritmo, da música que sensibiliza e desenvolve o poder de raciocínio, além de fortalecer a personalidade infantil para os enfrentamentos das fases da vida”.


Música e desenvolvimento

A professora Selma explica quais são as etapas de aprendizagem:


As aulas para bebês são cuidadosamente separadas por faixa etária, sendo o objetivo principal desenvolver o prazer da audição e o gosto pela música, além de estimular o canto, o movimento e a fala. A presença da mãe, ao lado de seu bebê, dá oportunidade a ambos de ampliar o contato materno e social através do processo de musicalização, proporcionando, ainda, o conhecimento de seus limites, segurança e alegria.

Dos 2 aos 6 anos, as crianças aprendem a apurar os tipos de som, distinguindo sons da natureza, de animais, de objetos e máquinas que compõe o ambiente e de instrumentos musicais. Aos poucos, a música vai nascendo, acompanhada dos instrumentos de percussão, como tambor, sininhos, guizos e flautas, até o reconhecimento de todas as famílias de uma orquestra.

Dos 7 aos 8 anos, a criança se prepara para a leitura e escrita musical, além de criar melodias, tocar instrumentos, conhecer os grandes compositores e reconhecer os mais variados tipos de música, como folclórica, erudita e popular.


Selma acrescenta que as pessoas ainda têm uma visão errônea sobre a musicalização.

“Para alguns pais, a música é entendida como algo pronto. Muitas escolas não ensinam música, na verdade ensaiam coreografias para a festa junina, para o Dia das Mães, ou para o Natal. Esse tipo de atividade não abrange possibilidades de desenvolver, por exemplo, a expressão vocal, corporal ou instrumental; ou, ainda, outros aspectos, como pesquisa, criação, escuta, senso crítico, gosto musical, justamente o que trará os benefícios para as crianças”, afirma.


Uma das maiores vantagens da musicalização é o desenvolvimento do potencial de criação, concentração e disciplina para execução de atividades

“Depois de algumas aulas, percebemos que os alunos acabam se disciplinando para prestar atenção, escutar, brincar e participar das atividades com outras crianças”, diz a professora. A criança que recebe este tipo de formação terá mais facilidade no ensino fundamental para matérias comuns, como matemática, português, e no estudo de línguas estrangeiras. “Muitas mães acabam por conferir, logo nas primeiras aulas, que seus filhos criam memória auditiva, distinguindo sons, instrumentos, ritmos e melodias, além de aprender a tocar um instrumento musical”, completa.


Fonte: http://www.semprematerna.com.br/manual-bebe/009-musicalizacao-infantil.php

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Inclusão Digital



Inclusão digital é a democratização do acesso às tecnologias de informação, permitindo a inserção de todos na sociedade da informação, simplificando a vida, aumentar o tempo, além de melhorar as condições de vida.  É claro, precisamos de computador, acesso a rede (internet) e dominar tais ferramentas.  Antes de tudo, inclusão digital é levar as pessoas a ter o conhecimento, e estarem “aptas” a usar o computador, pois de que adianta termos um computador na nossa frente e saber usá-lo, mas não termos uma finalidade para qual iremos usá-lo?  Navegar pela grande rede é fácil, a questão é o “motivo” pelo qual pretendem fazer isso, que deve ser exclusivamente a favor de si e da comunidade.  Assim, segundo nosso texto, “Inclusão digital é o ato de dar acesso a tecnologia da informação e comunicação a toda população, oferecendo também condições necessárias para que elas utilizem computadores e todo e qualquer dispositivo digital afim de buscar melhorias em suas condições de vida e de toda sua comunidade.”

Inclusão não é vender computadores a preços acessíveis, ou investir em tele centros, ou equipar escolas com máquinas super potentes. Tudo isto deve estar ligado a um projeto maior, que une Educação com inclusão social. A EaD é um bom exemplo para isso, pois foi graças a tecnologia digital, que trouxe avanços, que favoreceu a disseminação e a democratização a esse tipo de educação que era somente através de via “rádios, correios e televisão” como meio de emissão rápida de informações para outro estilo de aprendizagem.  

Hoje a EaD é uma modalidade educacional cujo desenvolvimento relaciona-se com a administração do tempo pelo aluno, o desenvolvimento da autonomia para realizar as atividades no momento adequado para ele, respeitando as limitações de tempo impostas pelo andamento das atividades do curso, o diálogo com os pares para troca de informação e desenvolvimento.  Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinadas ao suporte das atividades mediadas pela tecnologia da informação e comunicação que integram múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentando informações de maneira organizada, desenvolvendo interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborando e socializando produções para atingir determinados objetivos. 

Podemos notar que a comunicação por meio da rede mundial de computadores tem crescido de modo acelerado, mesmo por entre as camadas menos favorecidas economicamente.  A abordagem pedagógica da aprendizagem colaborativa e a distância, vem ganhando força cada vez maior, tornando-se a modalidade educacional apropriada, para atividades coletivas em redes de produção de conhecimento nos meios digitais de comunicação, como a internet.

“O processo educativo via ciberespaço é favorecido pela participação social em um ambiente que propicia a colaboração, a avaliação e o acesso a infinitos saberes universais, não totalizáveis e ricos em possibilidades que propiciam uma visão mais ampla do objeto de estudo, amplificando assim, a aprendizagem individual de cada membro do grupo.”

A inclusão digital se da, portanto, não com o acesso à tecnologia pura, mas sim como parte de um processo de inclusão social.  O uso das tecnologias deve buscar, antes de tudo, um avanço no bem-estar de todo um grupo social, favorecendo sua cultura, suas necessidades e suas particularidades.

Assim, a massa excluída estará, de fato, inserida neste ciberespaço.  Algumas estratégias inclusivas são os “projetos e ações” facilitando o acesso das pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). 

Como educadores temos que saber o “porque” de trabalhar com as tecnologias da internet.  É muito importante sabermos que os “cursos” veiculados pela internet estão provando, (a cada dia que passa) sua capacidade de fornecer um ambiente rico e permitem que a avaliação e aprendizagem sejam mais rápidas, diretas e mais gerais do que em qualquer momento do passado.  Tendo em vista o rápido crescimento da educação e o treinamento à distância nesse ambiente, podemos suprir as necessidades dos alunos ensinando as pessoas a usarem o computador para esse fim, (os estudos) que é uma das melhores coisas que poderíamos fazer: investir no futuro de uma criança, um jovem e por que não um adulto.  O adulto que decide estudar (depois de certa idade) sente dificuldade para se sentir como parte do grupo, pois não está familiarizado com as ferramentas, desanimando facilmente. 

Em minha cidade temos um projeto de inclusão nas escolas, nos finais de semana, onde os próprios alunos (mais velhos) ensinam os mais novos a usarem o computador e todas as suas ferramentas.  Assim a criança estará se preparando para no futuro nunca se sentirá excluída.  Podemos montar um projeto de inclusão para idosos ensinando a usar desta poderosa máquina  que é o computador conectado ao mundo que é a internet.

 

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Fiz o curso técnico de piano, leciono piano na EDEM - Escola Dinânmica de Educação Muisical e curso o 5º período de Educação Musical na Ufscar. Sou casada e tenho dois filhos lindos (um menino e uma menina) que são bençãos de Deus em minha vida! Gosto de "música" de boa qualidade: curto musica clássica, MPB, Jazz, Bossa, gospel, etc. Desde criança, a música influenciou minha vida de maneira muito positiva e me trouxe muitos benefícios! Acredito no Ensino Musical, nos benefícios que as crianças de nosso país terão com o ensino e quero ver logo a Educação Musical nas escolas!!!! Vamos lutar por isso?? :)

Desejo a todos um...

Natal Todo Dia ( Roupa Nova)

Composição: Mauricio Gaetani Tapajós

Um clima de sonho se espalha no ar,
Pessoas se olham com brilho no olhar,
A gente já sente chegando o Natal,
É tempo de amor, todo mundo é igual.

Os velhos amigos irão se abraçar,
Os desconhecidos irão se falar,
E quem for criança vai olhar pro céu
Fazendo pedido pro papai do céu

Se a gente é capaz de espalhar alegria,
Se a gente é capaz de toda essa magia,
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia!

Um jeito mais manso de ser e falar,
Mais calma, mais tempo pra gente se dar.
Me diz por que só no Natal é assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais fim!

Que o Natal comece no seu coração,
Que seja pra todos, sem ter distinção.
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for,
O melhor presente é sempre o amor.

Crystal

Pianista de dez anos é revelação em concurso do Conservatório de Música

Ela mora em uma comunidade pobre da na Região Metropolitana do Recife. Crystal do Espírito Santo é filha de pais desempregados e estuda em um piano emprestado por uma igreja. Os professores dizem que ela ainda vai dar muito o que falar pelo mundo afora, pois toca peças clássicas que são difíceis até para músicos adultos.

O teclado só existe na imaginação - a pequena pianista não se cansa de repetir os movimentos, como se encontrasse as notas musicais na mesa de jantar. Com agilidade e obstinação impressionantes, Crystal, toca um sonho. “Eu vou ser uma grande pianista”, garante.

Um sonho difícil para quem vive numa invasão, na periferia de Jaboatão dos Guararapes, e quase impossível para quem não tem um piano, nem pode pagar para aprender. Mas ela não é de desistir. “Tem que se esforçar, nunca desistir e ter bom gosto, porque piano não é um instrumento assim muito fácil, além de que ele é o instrumento mais difícil e tem muitas dificuldades”, explica Crystal.

A menina séria e responsável demais pra idade que tem, leva uma rotina diferente das crianças do bairro - uma vida sem brinquedos. “Ah, eu brinco com o piano”, diz Crystal. O piano fica longe de casa. Na caminhada, ela está sempre acompanhada pelo pai, que não mede sacrifícios pra ajudá-la a correr atrás do sonho. “Desde o princípio, eu me senti atraído pela genialidade dela”, diz Carlos Alberto Silva. “Mas já passamos por dificuldades, desprezo, falta de apoio”.

Todos os dias eles vão até a igreja da comunidade, onde Crystal pode estudar no instrumento emprestado - são de três horas e meia a quatro horas de dedicação diária. Seu Carlos está sempre ao lado da filha, encantado. A agilidade e a segurança de Cristal são ainda mais surpreendentes quando se sabe que ela viu um piano pela primeira vez há três anos.

A menina começou a ter aulas na igreja com um professor voluntário, só há três meses ganhou uma bolsa de estudos em uma escola de música. Um talento impactante até mesmo pra quem tem muita experiência. “Eu tenho 30 anos de ensino e nunca vi igual”, diz a professora de piano Joana D'Arc.

A professora não tem muito trabalho com a aluna - Cristal já conseguia tocar músicas dificílimas só de ouvido. As pequenas correções são assimiladas rapidamente e as partituras que ela lê são difíceis até para os adultos. “O grau de dificuldade é um grau alto, muito alto, geralmente assim, na graduação na universidade os alunos estudam nesse nível”, diz Joana D’Arc. “Do ponto de vista que ela está, ela tem total condições de uma carreira internacional”, concorda a professora de piano Janete Florêncio.

A estória da Crystal é a prova de que talento não escolhe idade nem classe social. O reconhecimento veio no concurso de piano do Conservatório Pernambucano de Musica (CPM). Diante do auditório lotado, por professores, alunos e músicos, Crystal subiu duas vezes ao palco para receber os principais prêmios do torneio: o de melhor pianista e o de revelação.

No recital dos vencedores, Crystal tocou Fantasia Improviso, de Chopin, um de seus compositores preferidos. As pequenas mãos deslizaram no piano com a intimidade, segurança, inspiração e a plateia reconheceu que no palco, estava a prova maior da superação e do talento. “Um talento desses projetará o Brasil internacionalmente”, comentou o professor de piano Edson Bandeira de Melo. A menina que nasceu pra ser pianista não desistiu do maior sonho. “Hoje o que eu mais quero é um piano”, diz Cristal.

Fonte:
http://pe360graus.globo.com/diversao/diversao/musica/2009/

Após reportagem, Crystal ganha piano em noite de show em São Paulo

VISITA A SÃO PAULO
Na maior cidade do país, a jovem pianista de 10 anos tem muito o que conhecer: Viaduto do Chá, Avenida Paulista, cartões postais que encantam a menina. “É uma cidade maravilhosa. Dá para você se perder na cidade de tão grande que ela é”, diz Crystal.

A cidade também tem um dos mais belos e completos templos da música erudita do mundo. Crystal, o pai e a professora visitaram a Sala São Paulo. Ela quis ver de perto o piano de cauda e não resistiu: tocou um pouco. “É uma coisa de arrepiar. Uma naturalidade que é impressionante”, afirma o monitor Rodolfo Yamamoto.

E a tarde mágica ficou completa com o concerto da Orquestra Sinfônica de São Paulo. À noite, o último e mais importante compromisso. A Crystal pensava que iria apenas assistir a um show. Nem imaginava a surpresa que foi preparada pa ra ela.

Zezé di Camargo e Luciano lotam a casa de espetáculos. Para a menina, tudo parecia normal. Até que Crystal é chamada no palco. Zezé começa a cantar enquanto a menina acompanha tudo sentada. Até que o cantor dá oportunidade da menina tocar para a plateia de 4 mil pessoas. Uma criança e um piano no palco. Crystal tocou Chopin como se estivesse sozinha com o instrumento.

A noite já era inesquecível para esta menina da periferia da região metropolitana do Recife. Mas tinha mais, muito mais. Em pleno palco, Zezé di Camargo e Luciano entregam um piano para a menina. Enfim, a realização do sonho e as lágrimas de gratidão. “Obrigada, obrigada, obrigada”, diz a menina.

“Você não tem que agradecer. Nós brasileiros que temos que agradecer por ter você como filha deste país. Um exemplo de criança. Eu quero um dia aplaudir você nos grandes teatros desse mundo afora porque tenho certeza que isso vai acontecer”, afirma Zezé. Infância pobre, superação, talento indiscutível. Semelhanças que aproximam ainda mais os artistas famosos de Crystal.

Na saída do palco, Crystal falou como gente grande. “Eu vou estudar muito nesse piano agora. Para as pessoas que me apoiaram e me elogiaram, eu digo muito obrigada. E se aparecer mais crianças talentosas, que essas pessoas possam ajudar mais ainda porque não é tão fácil para as crianças que têm talento ganhar coisas assim. Tem muita gente que tem preconceito, porque a criança é pobre, não pode estudar. Mas tem que ir em frente, senão, não consegue”, avisa a menina.

Quando o show terminou, os ídolos inverteram os papéis. Zezé e Luciano viraram fãs declarados da menina pianista e fizeram questão de tirar fotos com ela. Enfim, os caminhos começam a se abrir para Crystal.

Com um piano novo para estudar, ela terá mais chances de lapidar o talento raro que não para de encantar. “É um começo ainda, mas é um começo promissor porque é um talento realmente cristalino. Tenho certeza que ela vai ser um grande nome da música clássica no mundo”, aposta Luciano.

Fonte:
http://pe360graus.globo.com/diversao/diversao/musica/2009

Parabéns Crystal!!!!!!

Parabéns Crystal!!!!!!

Vídeos sobre a garotinha Crystal no Youtube...

Assista... Vale a pena!!!

http://www.youtube.com/watch?v=7jFDGnAaEco

http://www.youtube.com/watch?v=wZvm6rOvrxw

Quer ser feliz???

Quer ser  feliz???