Inclusão digital é a democratização do acesso às tecnologias de informação, permitindo a inserção de todos na sociedade da informação, simplificando a vida, aumentar o tempo, além de melhorar as condições de vida. É claro, precisamos de computador, acesso a rede (internet) e dominar tais ferramentas. Antes de tudo, inclusão digital é levar as pessoas a ter o conhecimento, e estarem “aptas” a usar o computador, pois de que adianta termos um computador na nossa frente e saber usá-lo, mas não termos uma finalidade para qual iremos usá-lo? Navegar pela grande rede é fácil, a questão é o “motivo” pelo qual pretendem fazer isso, que deve ser exclusivamente a favor de si e da comunidade. Assim, segundo nosso texto, “Inclusão digital é o ato de dar acesso a tecnologia da informação e comunicação a toda população, oferecendo também condições necessárias para que elas utilizem computadores e todo e qualquer dispositivo digital afim de buscar melhorias em suas condições de vida e de toda sua comunidade.”
Inclusão não é vender computadores a preços acessíveis, ou investir em tele centros, ou equipar escolas com máquinas super potentes. Tudo isto deve estar ligado a um projeto maior, que une Educação com inclusão social. A EaD é um bom exemplo para isso, pois foi graças a tecnologia digital, que trouxe avanços, que favoreceu a disseminação e a democratização a esse tipo de educação que era somente através de via “rádios, correios e televisão” como meio de emissão rápida de informações para outro estilo de aprendizagem.
Hoje a EaD é uma modalidade educacional cujo desenvolvimento relaciona-se com a administração do tempo pelo aluno, o desenvolvimento da autonomia para realizar as atividades no momento adequado para ele, respeitando as limitações de tempo impostas pelo andamento das atividades do curso, o diálogo com os pares para troca de informação e desenvolvimento. Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinadas ao suporte das atividades mediadas pela tecnologia da informação e comunicação que integram múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentando informações de maneira organizada, desenvolvendo interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborando e socializando produções para atingir determinados objetivos.
Podemos notar que a comunicação por meio da rede mundial de computadores tem crescido de modo acelerado, mesmo por entre as camadas menos favorecidas economicamente. A abordagem pedagógica da aprendizagem colaborativa e a distância, vem ganhando força cada vez maior, tornando-se a modalidade educacional apropriada, para atividades coletivas em redes de produção de conhecimento nos meios digitais de comunicação, como a internet.
“O processo educativo via ciberespaço é favorecido pela participação social em um ambiente que propicia a colaboração, a avaliação e o acesso a infinitos saberes universais, não totalizáveis e ricos em possibilidades que propiciam uma visão mais ampla do objeto de estudo, amplificando assim, a aprendizagem individual de cada membro do grupo.”
A inclusão digital se da, portanto, não com o acesso à tecnologia pura, mas sim como parte de um processo de inclusão social. O uso das tecnologias deve buscar, antes de tudo, um avanço no bem-estar de todo um grupo social, favorecendo sua cultura, suas necessidades e suas particularidades.
Assim, a massa excluída estará, de fato, inserida neste ciberespaço. Algumas estratégias inclusivas são os “projetos e ações” facilitando o acesso das pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Como educadores temos que saber o “porque” de trabalhar com as tecnologias da internet. É muito importante sabermos que os “cursos” veiculados pela internet estão provando, (a cada dia que passa) sua capacidade de fornecer um ambiente rico e permitem que a avaliação e aprendizagem sejam mais rápidas, diretas e mais gerais do que em qualquer momento do passado. Tendo em vista o rápido crescimento da educação e o treinamento à distância nesse ambiente, podemos suprir as necessidades dos alunos ensinando as pessoas a usarem o computador para esse fim, (os estudos) que é uma das melhores coisas que poderíamos fazer: investir no futuro de uma criança, um jovem e por que não um adulto. O adulto que decide estudar (depois de certa idade) sente dificuldade para se sentir como parte do grupo, pois não está familiarizado com as ferramentas, desanimando facilmente.
Em minha cidade temos um projeto de inclusão nas escolas, nos finais de semana, onde os próprios alunos (mais velhos) ensinam os mais novos a usarem o computador e todas as suas ferramentas. Assim a criança estará se preparando para no futuro nunca se sentirá excluída. Podemos montar um projeto de inclusão para idosos ensinando a usar desta poderosa máquina que é o computador conectado ao mundo que é a internet.